"As mulheres utilizam menos a Internet do que os homens e
fazem-no sobretudo para trabalho e conexão social, ao passo que os homens
diversificam e passam mais tempo ao computador sobretudo para entretenimento e
consumo de informação.
Estas conclusões constam de um estudo sobre "Questões de género na
participação digital" da autoria do investigador José Azevedo, da Universidade
do Porto, realizado no âmbito do Projeto Inclusão e Participação Digital e será
apresentado hoje na Conferência "Diversidade Digital", que decorre na
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
O inquérito foi administrado de forma direca por investigadores do projeto
a indivíduos com mais de 15 anos que se encontravam em espaços da rede de
Espaços Internet e em Centros de Emprego e Formação Profissional das áreas
metropolitanas de Lisboa, Coimbra e Porto.
Foram realizados 893 inquéritos, dos quais 452 são indivíduos do sexo
masculino e 441 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 15 e os 87
anos.
A investigação conclui que apesar da diminuição da desigualdade entre géneros
na sociedade portuguesa, esta ainda persiste no acesso à Internet e outras
tecnologias de informação e comunicação (TIC), sendo esta assimetria designada
como "fosso digital".
O estudo conclui que o que continua a impedir que as mulheres participem mais
intensamente, quer enquanto produtoras como utilizadoras de conteúdos, é o facto
de o ambiente tecnológico ter ainda uma conotação masculinizada, por um lado, e
o de a mulher ter menos tempo disponível para essa actividade, fruto da sua
"dupla jornada" de trabalho (emprego/casa), por outro."
In Jornal de Notícias: tecnologia
à data de domingo, 06 de novembro de 2011
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