A notícia da suspensão da compra no Twitter fez com que as ações caíssem quase 20% para cerca de 36,5 dólares, em negociação contínua antes da abertura de Wall Street.
Em 28 de março, o Conselho de Administração do Twitter aceitou a oferta de aquisição de Musk no valor de 44 000 milhões de dólares, à razão de 54,20 dólares (52,21 euros) por ação, embora o negócio ainda não tenha sido fechado e deva ser aprovado pelos reguladores.
O empresário nascido na África do Sul, que gosta muito da rede social, apresentou-se como um defensor da "liberdade de expressão" na plataforma e parece levar essa missão como uma bandeira na sua tomada de posse.
Outra das mudanças que Musk prometeu se a compra for concluída é derrotar os spam bots (contas automatizadas) que são publicados nesta rede social, bem como combater as contas falsas que são utilizadas para distorcer o tráfego e o impacto das mensagens nesta plataforma.
Nas últimas semanas, vários fundos de investimento e outros bilionários comprometeram-se a contribuir com 7000 milhões para os 21 000 milhões que Elon Musk se comprometeu a pagar do seu próprio bolso para adquirir o Twitter.
Entre os magnatas que apoiam Musk estão a cofundadora da Oracle Lara Ellison, a empresa financeira Sequoia, a plataforma de troca de criptomoedas Binance e o príncipe saudita Ali Walid al-Thalal, de acordo com um documento enviado à Securities and Exchange Comission (SEC).
O magnata tinha anunciado a sua intenção de retirar a empresa da bolsa uma vez concluída a operação de compra, bem como de ocupar o cargo de CEO (Chief Executive Officer, presidente executivo) - como a CNBC relatou na altura - durante pelo menos "alguns meses" e que, após três anos, a venderia novamente.
Musk também disse que levantaria o veto da rede social ao antigo presidente dos EUA Donald Trump, cuja conta permanece encerrada desde o ataque ao Capitólio por milhares dos seus seguidores em 2021.
O Twitter registou lucros de 513 milhões de dólares (mais de 490 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, mais sete vezes do que um ano antes (mais 655%), impulsionados pela venda do negócio de publicidade móvel MoPub.
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