O Google lançou uma rede social, Steve Jobs morreu, a Nokia e a Microsoft deram as mãos. Uma síntese dos eventos que marcaram o ano na área da tecnologia.
A parceria Nokia Microsoft
Duas empresas com dificuldades em afirmar-se no mercado dos smartphones resolveram dar as mãos. Em Fevereiro, o CEO da Nokia, Stephen Elop (um ex-executivo da Microsoft) apareceu junto do homólogo da Microsoft, Steve Ballmer, para anunciar uma parceria. A Nokia decidira adoptar o Windows Phone 7 como plataforma para smartphones.
Os primeiros resultados surgiram no final do ano: dois modelos com este sistema operativo, um topo de gama, o outro de gama intermédia. Foram bem recebidos pela imprensa especializada, mas ainda só estão à venda em alguns países europeus. O teste do mercado ainda mal começou. E a Nokia, que também enfrenta a concorrência cerrada de fabricantes orientais no segmento dos telemóveis de baixa gama, dificilmente se pode dar ao luxo de um falhanço.
A re-entrada do Google nas redes sociais
Depois de duas tentativas falhadas (com o Buzz e o Wave) e de um site que praticamente só tem expressão no Brasil (o Orkut), o Google conseguiu finalmente criar uma rede social com potencial de sucesso.
O Google+ foi lançado em finais de Junho, estando inicialmente acessível apenas por convite. Em Outubro, a empresa congratulou-se por ter mais de 40 milhões de utilizadores, embora nem todos sejam necessariamente utilizadores activos. O Facebook ronda os 800 milhões de contas.
Mesmo longe dos números do Facebook, com o qual o Google compete pelo tempo dos utilizadores e pelo dinheiro dos anunciantes, o Google+ foi um passo muito mais firme que os anteriores.
Steve Jobs (1955-2011)
Cerca de oito anos após o diagnóstico de um cancro no pâncreas, o icónico fundador da Apple morreu, a 5 de Outubro, aos 56 anos. Poucos meses antes, deixara de ser CEO da empresa. Nos últimos anos, tinha tido baixas prolongadas.
Jobs cresceu na Califórnia, na época e no local onde despontavam os computadores pessoais. Em parceria com Steve Wozniak (frequentemente descrito como um génio informático), fundou a Apple, que deixou ambos milionários quando entrou em bolsa, em 1980.
Na extensa – e excessivamente detalhada – biografia oficial, intitulada “Steve Jobs”, o autor, Walter Isaacson, considera que Jobs transformou várias indústrias: a dos computadores pessoais; do cinema de animação (com o estúdio Pixar, onde foi criado Toy Story); da música; das lojas de retalho (por causa das lojas da Apple); dos telemóveis; dos tablets; e da publicação (por causa do impacto do iPhone e do iPad). Mas o livro mostra também o lado mais escuro de uma pessoa que quebrava amizades, fugia a responsabilidades e chorava quando não lhe faziam a vontade.
Os ciber-ataques
Este ano, aconteceram em quase todo o lado. Em Abril, plataformas da Sony, usadas para jogar online e comprar conteúdos, foram atacadas, expondo informação pessoal e bancária de milhões de utilizadores. Entre Maio e Junho, os LulzSec, que se definiam como uma “tripulação” de seis pessoas, atacaram os sites da CIA, do Senado americano, do serviço de rádio e televisão pública dos EUA (PBS) e de outras empresas.
Duas empresas com dificuldades em afirmar-se no mercado dos smartphones resolveram dar as mãos. Em Fevereiro, o CEO da Nokia, Stephen Elop (um ex-executivo da Microsoft) apareceu junto do homólogo da Microsoft, Steve Ballmer, para anunciar uma parceria. A Nokia decidira adoptar o Windows Phone 7 como plataforma para smartphones.
Os primeiros resultados surgiram no final do ano: dois modelos com este sistema operativo, um topo de gama, o outro de gama intermédia. Foram bem recebidos pela imprensa especializada, mas ainda só estão à venda em alguns países europeus. O teste do mercado ainda mal começou. E a Nokia, que também enfrenta a concorrência cerrada de fabricantes orientais no segmento dos telemóveis de baixa gama, dificilmente se pode dar ao luxo de um falhanço.
A re-entrada do Google nas redes sociais
Depois de duas tentativas falhadas (com o Buzz e o Wave) e de um site que praticamente só tem expressão no Brasil (o Orkut), o Google conseguiu finalmente criar uma rede social com potencial de sucesso.
O Google+ foi lançado em finais de Junho, estando inicialmente acessível apenas por convite. Em Outubro, a empresa congratulou-se por ter mais de 40 milhões de utilizadores, embora nem todos sejam necessariamente utilizadores activos. O Facebook ronda os 800 milhões de contas.
Mesmo longe dos números do Facebook, com o qual o Google compete pelo tempo dos utilizadores e pelo dinheiro dos anunciantes, o Google+ foi um passo muito mais firme que os anteriores.
Steve Jobs (1955-2011)
Cerca de oito anos após o diagnóstico de um cancro no pâncreas, o icónico fundador da Apple morreu, a 5 de Outubro, aos 56 anos. Poucos meses antes, deixara de ser CEO da empresa. Nos últimos anos, tinha tido baixas prolongadas.
Jobs cresceu na Califórnia, na época e no local onde despontavam os computadores pessoais. Em parceria com Steve Wozniak (frequentemente descrito como um génio informático), fundou a Apple, que deixou ambos milionários quando entrou em bolsa, em 1980.
Na extensa – e excessivamente detalhada – biografia oficial, intitulada “Steve Jobs”, o autor, Walter Isaacson, considera que Jobs transformou várias indústrias: a dos computadores pessoais; do cinema de animação (com o estúdio Pixar, onde foi criado Toy Story); da música; das lojas de retalho (por causa das lojas da Apple); dos telemóveis; dos tablets; e da publicação (por causa do impacto do iPhone e do iPad). Mas o livro mostra também o lado mais escuro de uma pessoa que quebrava amizades, fugia a responsabilidades e chorava quando não lhe faziam a vontade.
Os ciber-ataques
Este ano, aconteceram em quase todo o lado. Em Abril, plataformas da Sony, usadas para jogar online e comprar conteúdos, foram atacadas, expondo informação pessoal e bancária de milhões de utilizadores. Entre Maio e Junho, os LulzSec, que se definiam como uma “tripulação” de seis pessoas, atacaram os sites da CIA, do Senado americano, do serviço de rádio e televisão pública dos EUA (PBS) e de outras empresas.
Já no final deste ano, os incidentes entre manifestantes e polícia no dia da greve geral levaram a uma sucessão de ciberataques em Portugal. O mais grave culminou na divulgação de um ficheiro com informação de 107 polícias.A compra da Motorola pelo Google
O Google anunciou em Agosto a compra da Motorola Mobility, a empresa americana fabricante de telemóveis (e de caixas receptoras de televisão), que lançou no mercado vários smartphones com o sistema operativo Android.
Mais do que o negócio dos telemóveis, a Motorola tem uma extensa lista de patentes que ajuda o Google a proteger o Android de ataques dos principais rivais: a Microsoft e a Apple, que este ano teve uma política agressiva de processos judiciais por questões de propriedade intelectual.
O negócio terá ainda de passar pela aprovação dos reguladores, mas deverá concretizar-se em 2012 - e lançou alguns receios nos outros fabricantes que usam o Android, que temem que a Motorola passe a ter acesso priveligiado às novas versões do sistema.
Microsoft mostra o próximo Windows
A Microsoft fez em Setembro uma apresentação para programadores do Windows 8, o próximo sistema operativo da multinacional, que tem um novo paradigma e está concebido para equipar tanto computadores como tablets.
O Windows 8 usa uma interface com grandes mosaicos, que se chama Metro e é semelhante à que já é usada no sistema para telemóveis da empresa. A Microsoft (que está a tentar aliciar programadores para desenvolverem aplicações para a plataforma) anunciou também uma loja de aplicações para o Windows 8, semelhante à que a Apple tem para o sistema Mac OS X.
O Windows 8 chega ao mercado em 2012.
Amazon lança um tablet
Em finais de Setembro, a Amazon apresentou novos modelos de Kindle, o conhecido leitor de ebooks da empresa. Um destes modelos é o primeiro abaixo da fasquia dos 100 euros (custa 99 euros em França e Espanha, mas só está disponível para Portugal através da loja americana), o que promete impulsionar o negócio dos livros electrónicos.
A estrela da apresentação foi, contudo, o Kindle Fire, o primeiro tablet da Amazon (tem um ecrã convencional, em vez dos ecrãs de tinta electrónica dos outros Kindle), que está equipado com o sistema operativo Android.
O Fire, que está disponível apenas nos EUA, tem um preço de 199 dólares, o que é relativamente barato no mercado dos tablets, e permite o acesso à panóplia de conteúdos da Amazon, que vai dos livros às assinaturas de jornais e revistas. Muitos deram-no como um concorrente forte face ao mais caro – e tecnicamente superior – iPad. Mas os primeiros clientes têm-se queixado de falhas e da falta de qualidade do aparelho.
O Google anunciou em Agosto a compra da Motorola Mobility, a empresa americana fabricante de telemóveis (e de caixas receptoras de televisão), que lançou no mercado vários smartphones com o sistema operativo Android.
Mais do que o negócio dos telemóveis, a Motorola tem uma extensa lista de patentes que ajuda o Google a proteger o Android de ataques dos principais rivais: a Microsoft e a Apple, que este ano teve uma política agressiva de processos judiciais por questões de propriedade intelectual.
O negócio terá ainda de passar pela aprovação dos reguladores, mas deverá concretizar-se em 2012 - e lançou alguns receios nos outros fabricantes que usam o Android, que temem que a Motorola passe a ter acesso priveligiado às novas versões do sistema.
Microsoft mostra o próximo Windows
A Microsoft fez em Setembro uma apresentação para programadores do Windows 8, o próximo sistema operativo da multinacional, que tem um novo paradigma e está concebido para equipar tanto computadores como tablets.
O Windows 8 usa uma interface com grandes mosaicos, que se chama Metro e é semelhante à que já é usada no sistema para telemóveis da empresa. A Microsoft (que está a tentar aliciar programadores para desenvolverem aplicações para a plataforma) anunciou também uma loja de aplicações para o Windows 8, semelhante à que a Apple tem para o sistema Mac OS X.
O Windows 8 chega ao mercado em 2012.
Amazon lança um tablet
Em finais de Setembro, a Amazon apresentou novos modelos de Kindle, o conhecido leitor de ebooks da empresa. Um destes modelos é o primeiro abaixo da fasquia dos 100 euros (custa 99 euros em França e Espanha, mas só está disponível para Portugal através da loja americana), o que promete impulsionar o negócio dos livros electrónicos.
A estrela da apresentação foi, contudo, o Kindle Fire, o primeiro tablet da Amazon (tem um ecrã convencional, em vez dos ecrãs de tinta electrónica dos outros Kindle), que está equipado com o sistema operativo Android.
O Fire, que está disponível apenas nos EUA, tem um preço de 199 dólares, o que é relativamente barato no mercado dos tablets, e permite o acesso à panóplia de conteúdos da Amazon, que vai dos livros às assinaturas de jornais e revistas. Muitos deram-no como um concorrente forte face ao mais caro – e tecnicamente superior – iPad. Mas os primeiros clientes têm-se queixado de falhas e da falta de qualidade do aparelho.
In Público online: tecnologia
à data de terça-feira, 03 de Janeiro de 2012
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