Como será que um computador gera um número aleatório? Bem, a verdade é que não o faz. Estes números são ditados por um programa de computador, sendo que assim são denominados de 'pseudoaleatórios'.
O primeiro problema na aleatoridade começa logo no conceito base: "O que é algo aleatório?". Não há uma resposta concreta a esta pergunta e este é um assunto muito debatido por um grande números de pessoas mas, para propósito de prosseguimento de exposição, utilizemos a definição de senso comum de aleatório. Algo que, dentro de um conjunto de opções, tem igual possibilidade de acontecer, sendo que nenhuma das opções é garantida e nenhuma é impossível. Usando esta definição, como é que um computador gera números aleatórios? Recorrendo a algoritmos o computador consegue simular a aleatoridade e dar os tais números 'pseudoaleatórios'. Isto acarreta problemas sobretudo se esses números forem utilizados em áreas de segurança ou com informação sensível, pois ao saber o algoritmo pode-se saber qualquer número dado por ele.
Uma das maiores esperanças no que toca à criação de números verdadeiramente aleatórios é o número Pi (3,1415...) porquanto este aparenta ser uma dízima infinita não-periódica. Ou seja, não é conhecido, por enquanto, nenhuma padrão nas suas casas decimais. Se este número for de facto não-periódico poderá ser utilizado para a criação de números verdadeiramente aleatórios. Também é possível criar números aleatórios recorrendo a fenómenos quânticos, verdadeiramente probabilísticos. No entanto, aparelhos que consigam utilizar estes fenómenos são ainda muito caros e difíceis de arranjar.
Este problema pode parecer relativamente insignificante à superfície. O que interessa se o número é aleatório ou apenas pseudoaleatório? Porém, como dito anteriormente, a capacidade de gerar números verdadeiramente aleatórios e, assim, impossíveis de prever e replicar com 100% de certeza, é extremamente importante em tudo o que tem a ver com segurança, encriptação ou proteção de dados. Assim, este é um problema que não deve de forma alguma ser desprezado, mas sim explorado e aprofundado até se encontrar uma resposta.
Fonte: http://www.uff.br/cdme/rdf/rdf-html/rdf-g-br.html no dia 05/03/2018
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