Convencer qualquer ser humano moderno a passar um dia sem um telefone ou computador é, hoje em dia, uma tarefa muito difícil. A obsessão humana com todas as coisas electrónicas está a levar a um consumo brutal diário que é dramático a níveis energéticos. De facto, de acordo com estudos da Semiconductor Research Corporation, se continuarmos com o actual consumo crescente de energia, até o ano de 2035, usaremos toda a energia mundial para operar os nossos computadores - uma situação insustentável.
Para combater esta iminente crise energética, Robert Wolkow tem uma solução. O físico atómico da Universidade de Alberta dedicou a sua carreira ao desenvolvimento de tecnologia mais verde, rápida e menor. A pesquisa publicada pelo o seu laboratório nesta semana aponta para soluções tangíveis que os desenvolvedores de tecnologia podem implementar agora para economizar o poder da sociedade para a próxima geração.
"A electrónica de hoje chegou a um ponto de maturação e não pode ser melhorada. Temos que parar de usar tanta electricidade para operar os nossos computadores, e isso significa que precisamos de uma mudança drástica no tipo de computadores que usamos", disse Wolkow, observando também que os computadores de hoje em dia não podem correr muito mais rápido do que os computadores feitos 10 anos atrás.
"Os dispositivos de escala atómica que estamos a desenvolver criam uma nova base para a electrónica do computador que será capaz de funcionar pelo menos 100 vezes mais rápido ou operar na mesma velocidade que hoje, mas usando 100 vezes menos energia", continuou Wolkow. "Traçámos um caminho para o crescimento económico, sustentável e responsável da tecnologia verde que é boa para todos".
As descobertas de Wolkow, apoiadas pelos seus alunos de pós-graduação e investigadores associados de pesquisa da Universidade de Alberta e do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, não estão relacionadas apenas com a opção de trocar velocidade e potência, mas com o uso de outros materiais.
"É como um computador binário comum, que pode correr os mesmos programas. O interior é que é muito melhor", disse Wolkow sobre o seu novo design para dispositivos de silício. "Como os nossos componentes são feitos de silício, fazemos um casamento directo da nova tecnologia em escala atómica com a tecnologia CMOS padrão que alimenta a electrónica de hoje, oferecendo uma entrada fácil para o mercado".
Sites consultados:
ScienceDaily (20/01/2019)
Ualberta (20/01/2019)
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