Portugal ocupa o quarto lugar no ranking mundial de utilizadores mais atacados por emails falsos com o objectivo de roubar credenciais de acesso e informação privada.
Em 2019, Portugal continua entre os dez países mais afectados por emails falsos com o objectivo de enganar utilizadores e induzi-los a fraudes em que revelam informação privada, dados financeiros ou palavras-passe. Mas já não faz parte do top 3, que é agora ocupado pelo Brasil, Austrália e Espanha.
As estratégias mais populares dos atacantes incluem emails sobre novas funcionalidades de redes sociais como o Instagram, novos produtos tecnológicos (em particular, da Apple), ofertas de sites de namoro (que incluem descontos em fármacos como Viagra), propostas de emprego, e alertas de ciberataques sobre o roubo de credenciais ou de fotografias privadas.
Em Março, o número de tentativas para levar utilizadores a divulgar dados em sites falsos da Apple passou de cerca de três mil por dia, no começo do mês, para mais de 60 mil. A estratégia já existia em 2018, ano em que informação falsa sobre o mundial de futebol foi muito usada pelos atacantes.
A extorsão sexual – em que os atacantes fingem ter imagens privadas dos utilizadores – também continua presente. “Para tornar estes esquemas mais credíveis, os cibercriminosos criam novas histórias sobre os remetentes da mensagem”, alertou a equipa da Kaspersky. Outra estratégia popular é enganar celebridades nas redes sociais para as levar a partilhar conteúdo falso.
Os países que mais produzem emails enganosos e spam continuam a ser a China (16% do total), seguida dos Estados Unidos (13%) e da Rússia (7%).
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