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quinta-feira, 31 de março de 2011

Os perigos de estar 'agarrado' desde cedo às redes sociais


Tem vantagens: permite manter o contacto com a família e amigos, fazer novos conhecimentos, partilhar ideias ou imagens. Mas nem sempre os benefícios das redes sociais para os mais jovens superam os riscos, alerta um estudo publicado na revista Pedriatrics, que identifica os perigos, confirmando ainda que colocam em risco os jovens mais vezes do que aquilo que os adultos pensam.
De acordo com o trabalho, que traça o impacto das redes sociais nas crianças, adolescentes e famílias, nos últimos cinco anos foi grande o aumento de pré-adolescentes e adolescentes a usar este tipo de sites. Estudos recentes revelam que 22% dos jovens ligam-se à sua rede social favorita mais de dez vezes ao dia e pelo menos metade fá-lo uma vez por dia. Ao todo, 75% dos adolescentes têm telemóveis e 25% usam-no para aceder às redes sociais.
Mas, afinal, quais são os perigos? O estudo identifica-os, a começar pelo cyberbullying, que mais não é que usar «os meios digitais para comunicar informação falsa, embaraçosa ou hostil sobre uma pessoa». E é, segundo o estudo, o maior risco para os jovens, sendo «bastante comum» e capaz de causar problemas «psicológicos profundos», em que se incluem «depressão, ansiedade, isolamento e suicídio»-
E a lista não se fica por aqui. Ao sexting, que mais não é do que enviar ou receber mensagens ou fotografias de cariz sexual, junta-se a depressão do Facebook, que se manifesta quando os jovens passam muito tempo nesta rede social e começam a apresentar os sintomas clássicos da depressão. Depois, há ainda os riscos inerentes às perdas de privacidade e à influência da publicidade nas intenções de compra.
O estudo aproveita ainda para reforçar o papel dos pediatras, que se encontram «numa posição única para ajudar as famílias a perceber estes sites e a encorajar usos saudáveis», assim como alertar os pais para os problemas.



Notícia de Carla Marina Mendes
in Destak, 5ª feira - 31 de Março de 2011

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