"A imprensa regional vive “dias difíceis” e, se não forem tomadas medidas, haverá consequências “dramáticas”, nomeadamente o fecho de jornais, como os de inspiração cristã, já afectados pela crise económica e de leitura das novas gerações.
“A crise para a imprensa regional começou há muito”, desde que o Estado “praticamente acabou” com a distribuição da publicidade institucional pelos jornais regionais, que “era o suporte financeiro da sobrevivência” dos títulos, disse à Agência Lusa o presidente da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIIC), António Salvador dos Santos.
No entanto, em 2011 “começaram a aparecer, de forma mais consistente, indícios de crise, que ainda não são dramáticos, mas, se nada for feito, corremos o risco de haver consequências dramáticas”, na opinião do presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API), João Palmeiro.
Em 2011, “não terá havido uma quebra abruta nas vendas”, mas “nota-se um aumento das dificuldades em cobrar assinaturas, o que tem impactos na saúde financeira” dos jornais regionais, disse, em declarações à Agência Lusa.
Os assinantes “não pagam a tempo e horas”, há “menos circulação certificada de exemplares” e, por isso, os jornais “têm menos publicidade ou publicidade mais barata e menos apoios do Estado”, através do porte pago, o que leva ao “aumento dos custos de distribuição”, explicou João Palmeiro.
Também “tem havido um decréscimo” na publicidade comercial e, sobretudo, na publicidade institucional e na obrigatória, referiu o presidente da API, que representa cerca de 200 empresas de jornais locais e regionais que editam cerca de 270 títulos.
Em 2011, “os jornais reduziram o que puderam”, sobretudo a nível industrial, ou seja, passaram a ter menos páginas e a usar papel mais barato e, alguns, mudaram a periodicidade, disse.
Segundo João Palmeiro, “estão a esgotar-se as alternativas para as empresas poderem continuar a publicar jornais”, que “vão tornar-se cada vez mais pequenos e menos interessantes e pluralistas e, por isso, terão cada vez menos capacidade concorrencial”.
“Temo que, este ano, vamos estar muito próximos dos limites adequados para um jornal poder ter a diversidade de conteúdos e a pluralidade de pontos de vista necessárias para cumprir de forma adequada o seu papel”, disse.
Os jornais “vão ter dificuldades em empregar jornalistas e em ter conteúdos atractivos e distintivos e, no limite, terão dificuldades em sobreviver” e alguns poderão fechar, avisou João Palmeiro.
“O futuro a Deus pertence. Contudo, há consequências imediatas”, como “o fecho de títulos, o que logicamente vai dando origem a desemprego no sector”, afirmou Salvador dos Santos, referindo que, nos últimos anos, já “desaparecem” cerca de 70 títulos de inspiração cristão num universo de cerca de 700.
A perda de títulos “arrasta-se há alguns anos”, mas acentuou-se nos últimos dois anos, devido também à “crise de leitura das novas gerações, mais seduzidas pela Internet”, explicou o presidente da AIIC, que tem “cerca de 300 títulos a pagar cotas”, mas “tem sido porta-voz” de cerca de 600 títulos de inspiração cristã.
Para evitar estes “riscos”, os jornais regionais “têm que pensar como podem usar a Internet como parte do seu negócio” e é “imprescindível” que o Estado “cumpra as suas obrigações em relação à publicidade institucional e à obrigatória, que são escandalosamente não cumpridas ao nível da imprensa regional”, disse João Palmeiro.
Segundo Salvador dos Santos, “parece” existir “uma consciência do actual momento” e os jornais regionais, “sem alarmes”, estão a “delinear” estratégias, nomeadamente a angariar novos leitores, a reduzir custos e a usar a Internet, “colocando os títulos online e iniciando uma nova fonte de receita”.
Os títulos regionais de inspiração cristã tentam “sobreviver sem uma política de pedincha”, mas exigem a redução dos custos de distribuição de exemplares por assinatura e “equidade na distribuição da publicidade institucional”, disse. "
No entanto, em 2011 “começaram a aparecer, de forma mais consistente, indícios de crise, que ainda não são dramáticos, mas, se nada for feito, corremos o risco de haver consequências dramáticas”, na opinião do presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (API), João Palmeiro.
Em 2011, “não terá havido uma quebra abruta nas vendas”, mas “nota-se um aumento das dificuldades em cobrar assinaturas, o que tem impactos na saúde financeira” dos jornais regionais, disse, em declarações à Agência Lusa.
Os assinantes “não pagam a tempo e horas”, há “menos circulação certificada de exemplares” e, por isso, os jornais “têm menos publicidade ou publicidade mais barata e menos apoios do Estado”, através do porte pago, o que leva ao “aumento dos custos de distribuição”, explicou João Palmeiro.
Também “tem havido um decréscimo” na publicidade comercial e, sobretudo, na publicidade institucional e na obrigatória, referiu o presidente da API, que representa cerca de 200 empresas de jornais locais e regionais que editam cerca de 270 títulos.
Em 2011, “os jornais reduziram o que puderam”, sobretudo a nível industrial, ou seja, passaram a ter menos páginas e a usar papel mais barato e, alguns, mudaram a periodicidade, disse.
Segundo João Palmeiro, “estão a esgotar-se as alternativas para as empresas poderem continuar a publicar jornais”, que “vão tornar-se cada vez mais pequenos e menos interessantes e pluralistas e, por isso, terão cada vez menos capacidade concorrencial”.
“Temo que, este ano, vamos estar muito próximos dos limites adequados para um jornal poder ter a diversidade de conteúdos e a pluralidade de pontos de vista necessárias para cumprir de forma adequada o seu papel”, disse.
Os jornais “vão ter dificuldades em empregar jornalistas e em ter conteúdos atractivos e distintivos e, no limite, terão dificuldades em sobreviver” e alguns poderão fechar, avisou João Palmeiro.
“O futuro a Deus pertence. Contudo, há consequências imediatas”, como “o fecho de títulos, o que logicamente vai dando origem a desemprego no sector”, afirmou Salvador dos Santos, referindo que, nos últimos anos, já “desaparecem” cerca de 70 títulos de inspiração cristão num universo de cerca de 700.
A perda de títulos “arrasta-se há alguns anos”, mas acentuou-se nos últimos dois anos, devido também à “crise de leitura das novas gerações, mais seduzidas pela Internet”, explicou o presidente da AIIC, que tem “cerca de 300 títulos a pagar cotas”, mas “tem sido porta-voz” de cerca de 600 títulos de inspiração cristã.
Para evitar estes “riscos”, os jornais regionais “têm que pensar como podem usar a Internet como parte do seu negócio” e é “imprescindível” que o Estado “cumpra as suas obrigações em relação à publicidade institucional e à obrigatória, que são escandalosamente não cumpridas ao nível da imprensa regional”, disse João Palmeiro.
Segundo Salvador dos Santos, “parece” existir “uma consciência do actual momento” e os jornais regionais, “sem alarmes”, estão a “delinear” estratégias, nomeadamente a angariar novos leitores, a reduzir custos e a usar a Internet, “colocando os títulos online e iniciando uma nova fonte de receita”.
Os títulos regionais de inspiração cristã tentam “sobreviver sem uma política de pedincha”, mas exigem a redução dos custos de distribuição de exemplares por assinatura e “equidade na distribuição da publicidade institucional”, disse. "
In Público online: media
à data de domingo, 22 de janeiro de 2012
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