"Os professores de informática consideram um retrocesso limitar o ensino das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) ao 2.º Ciclo, conforme propõe o Governo no âmbito da revisão curricular intercalar, que está em discussão pública.
A disciplina é actualmente leccionada no 9.º ano (3.º Ciclo) e o Ministério da Educação e Ciência (MEC) pretende transferi-la para o currículo do 5.º e 6.º anos para garantir aos alunos mais novos uma utilização “segura e adequada” dos recursos digitais.
A Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) afirma, no parecer hoje divulgado, que Portugal até foi pioneiro nesta matéria, mas cita os exemplos de Inglaterra e França no investimento que estão a fazer, mesmo quando adoptam medidas contra a dispersão curricular.
O Reino Unido “considerou as TIC em todos os níveis de ensino (stages 1,2,3 e 4)” e França “aposta na certificação de competências dos alunos em TIC em três níveis”, lê-se no documento.
Os professores concordam com a introdução da disciplina no 2.º Ciclo, mas defendem a manutenção no 3.º Ciclo.
“É com bom grado que vemos a iniciação para as TIC num nível de escolaridade mais baixo”, escrevem os professores, sugerindo que a disciplina seja alternada com Educação Tecnológica, com as turmas divididas por turnos.
Os docentes dizem que, sendo as duas disciplinas de carácter bastante prático, este desdobramento permite desenvolver aulas nas quais os alunos “efectivamente trabalham no computador, consolidando assim as aprendizagens”.
A ANPRI alerta ainda que devem ser os professores de informática (grupo 550) a leccionar a disciplina, que afirmam ter sido muitas vezes, em concursos de oferta de escola, atribuída a “docentes sem habilitação profissional ou própria para o exercício da função, à revelia da lei”.
Assim, alegam ser imprescindível que no documento definitivo da Revisão da Estrutura Curricular, esta questão fique “claramente definida”.
Os professores querem ainda manter a disciplina no 3.º Ciclo, por entenderem que a opção pelo 5.º e 6.º anos não é suficiente para o aluno “desenvolver convenientemente literacias” na área da informação, comunicação, produção e segurança digitais.
“Ao nível do 2.º Ciclo há conceitos e aplicações essenciais que ainda são de difícil compreensão para alunos desta faixa etária. E outros que não podem/devem ser abordados por impedimentos legais”, sustentam.
A ANPRI propõe que a oferta de escola, no 3.º Ciclo, seja substituída pela disciplina de TIC, alternando também aqui com Educação Tecnológica.
A associação volta a defender a necessidade da disciplina de informática no ensino secundário, “de onde foi retirada, deixando os alunos com défice de formação” nesta área.
“Os alunos finalizam o 12.º ano (e entram no Ensino Superior) sem conseguirem fazer um gráfico numa folha de cálculo ou sem saberem integrar informação de uma aplicação num documento estruturado”, exemplificam."
A Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) afirma, no parecer hoje divulgado, que Portugal até foi pioneiro nesta matéria, mas cita os exemplos de Inglaterra e França no investimento que estão a fazer, mesmo quando adoptam medidas contra a dispersão curricular.
O Reino Unido “considerou as TIC em todos os níveis de ensino (stages 1,2,3 e 4)” e França “aposta na certificação de competências dos alunos em TIC em três níveis”, lê-se no documento.
Os professores concordam com a introdução da disciplina no 2.º Ciclo, mas defendem a manutenção no 3.º Ciclo.
“É com bom grado que vemos a iniciação para as TIC num nível de escolaridade mais baixo”, escrevem os professores, sugerindo que a disciplina seja alternada com Educação Tecnológica, com as turmas divididas por turnos.
Os docentes dizem que, sendo as duas disciplinas de carácter bastante prático, este desdobramento permite desenvolver aulas nas quais os alunos “efectivamente trabalham no computador, consolidando assim as aprendizagens”.
A ANPRI alerta ainda que devem ser os professores de informática (grupo 550) a leccionar a disciplina, que afirmam ter sido muitas vezes, em concursos de oferta de escola, atribuída a “docentes sem habilitação profissional ou própria para o exercício da função, à revelia da lei”.
Assim, alegam ser imprescindível que no documento definitivo da Revisão da Estrutura Curricular, esta questão fique “claramente definida”.
Os professores querem ainda manter a disciplina no 3.º Ciclo, por entenderem que a opção pelo 5.º e 6.º anos não é suficiente para o aluno “desenvolver convenientemente literacias” na área da informação, comunicação, produção e segurança digitais.
“Ao nível do 2.º Ciclo há conceitos e aplicações essenciais que ainda são de difícil compreensão para alunos desta faixa etária. E outros que não podem/devem ser abordados por impedimentos legais”, sustentam.
A ANPRI propõe que a oferta de escola, no 3.º Ciclo, seja substituída pela disciplina de TIC, alternando também aqui com Educação Tecnológica.
A associação volta a defender a necessidade da disciplina de informática no ensino secundário, “de onde foi retirada, deixando os alunos com défice de formação” nesta área.
“Os alunos finalizam o 12.º ano (e entram no Ensino Superior) sem conseguirem fazer um gráfico numa folha de cálculo ou sem saberem integrar informação de uma aplicação num documento estruturado”, exemplificam."
In Público: educação
à data de segunda feira, 23 de janeiro de 2012
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