O Museu Berardo mostra desde 26 de outubro fotografias de uma geração intelectual no final dos anos 40, segundo o artista.
Depois de fazer esta série de fotografias, Fernando Lemos, atualmente com 90 anos, partiu, de barco, para o Brasil, com o escritor e crítico Adolfo Casais Monteiro, levando os negativos no bolso. Por lá ficaram, esquecidas, anos a fio, até uma exposição em 1994, no Centro de Arte Moderna, na Gulbenkian, chamada À Sombra da Luz ter começado a desvelar o trabalho do artista, agora também de nacionalidade brasileira. Da mostra permanente do Museu Berardo (onde o seu trabalho continua), salta, em nome próprio, para a galeria de exposições temporárias, com uma nova leitura da sua obra, em Retrato Coletivo em Portugal, no final dos anos 40, como lhe chamou Pedro Lapa, curador e diretor artístico da instituição.
Selecionou 62 fotografias, "as mais surrealistas". "Traça[m] um quadro muito específico de uma geração intelectual num dos períodos mais depressivos do século XX, o final dos anos 40, no pós-guerra. Há a expectativa da construção de um mundo novo, que em Portugal não se abria e em que o regime ditatorial endurecia", caracteriza Pedro Lapa.
As imagens foram produzidas entre 1949 e 1952, e aqui estão todos os que marcavam e marcariam a vida cultural portuguesa.
Algumas dessas fotografias são:
"Lavagem cerebral" é o título desta fotografia, retrato do escritor Alexandre O'Neill
foto DR/ Museu Berardo
Fernando Vespeira, Alexandre O'Neill e Norta Mitrani, juntos no retrato "Abraços Lisboetas" (1949)
foto DR/ Museu Berardo
Autorretrato de Fernando Lemos, em 1949
foto DR/ Museu Berardo
Consultado a 22.novembro.2016
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