Blog tecnológico mantido pelos alunos da disciplina de Aplicações Informáticas (12º Ano) da Escola Secundaria José Gomes Ferreira em Lisboa.
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Câmara pode ajudar no tratamento de Alzheimer
Um estudo liderado por Ana Rita Silva, uma investigadora portuguesa da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, identificou vantagens no uso de uma câmara fotográfica como ferramenta de estimulação cognitiva, podendo ser um complemento ao tratamento farmacológico de Alzheimer durante a fase inicial da doença.
A câmara conhecida como SenseCam, quando utilizada ao pescoço, permite capturar um registo fotográfico do dia-a-dia dos pacientes que estes podem posteriormente ver para para estimular a memória. Os investigadores salientam que, na ótica dos pacientes, o uso não é visto como uma tarefa, o que motiva a utilização da ferramenta.
Nos testes realizados, 51 idosos, maioritariamente do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 60 e 80 anos e diagnosticados com doença de Alzheimer em fase inicial, foram divididos em três grupos e seguidos durante seis semanas nos serviços de Psiquiatria e de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e também pela Associação Alzheimer Portugal.
Durante este tempo, cada um dos três grupos utilizou três formas distintas de estimulo cognitivo: utilização da SenseCam, registo do dia-a-dia num diário e treino convencional com base em exercícios de memorização e associação.
Os investigadores registaram, no final das seis semanas, que o grupo que utilizou a SenseCam teve um desempenho cognitivo mais eficaz, uma diminuição significativa na sintomatologia depressiva e salientam ainda que a ferramenta funciona também de forma passiva, já que não implica esforço ou motivação por parte do paciente.
A equipa que lidera o estudo diz que a visualização de imagens estimula a zona do cérebro responsável pelas memórias autobiográficas, uma das primeiras zonas afetadas pela doença e defende «a importância do desenvolvimento de intervenções não farmacológicas para pacientes com DA em fase inicial»
O estudo foi realizado em colaboração com a universidade de Leeds, no Reino Unido, e os resultados já foram aceites para publicação na revista internacional Current Alzheimer Research.
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