Quais as melhores linguagens de programação para a Robótica?
C/C++ são as linguagens de preferência em robótica. Existem muitas bibliotecas de hardware que usam estas
linguagens. Permitem a interação com hardware de baixo nível, correm em tempo real e são linguagens
bastantes estáveis e maduras. Na prática C++ é uma extensão de C e será provavelmente a mais usada. E
embora seja uma linguagem que exige muito mais linhas de código do que Python ou MATLAB, tem uma
muito melhor performance, o que é importante em robótica, onde a resposta em tempo real é fundamental.
Python é uma linguagem muito simples de usar que não exige, por exemplo definir tipos de variáveis e outras
coisas que consomem bastante tempo de programação. Por outro lado, o facto de permitir uma ligação com
código C/C++, implica que as partes com necessidade de performance podem ser construídas nessas
linguagens.
MATLAB (e os seus derivados Open Source como o Octave) são muito usados para analisar dados e
desenvolver sistemas de controle avançados.
Dentro das diversas linguagens existentes (há mais de 1500), há as que são específicas dos fabricantes de
robots industriais (ABB tem o RAPID, a Kawasaki tem o AS, a Kuka o KRL, etc), embora haja algumas
tentativas de standardização (ROS Industrial), as linguagens de fabricante ainda dominam no mundo
industrial.
As linguagens de HDL (Hardware Description Languages) são uma forma programática de descrever os
componentes electrónicos e são usadas para programar FPGAs (Field Programmable Gate Arrays), que são
uma forma de criar uma abstração dos componentes electrónicos, permitindo “criar” novos componentes
sem ter que os fabricar. São importantes na prototipagem de hardware.
Assembly é uma linguagem de muito baixo nível, que era quase obrigatória para a programação de
componentes electrónicos de base. Com o aparecimento do Arduino, passou a ser possível programar
usando C/C++, deixando por isso de ser tão usada.
Java é uma linguagem bastante popular e ensinada, porque teoricamente não sendo uma linguagem
compilada, mas sim interpretada, tem o seu código portável. Embora na prática isso nem sempre aconteça
levando a que o código seja lento, é bastante popular em várias áreas da robótica.
Referências:
https://blog.robotiq.com/what-is-the-best-programming-language-for-robotics
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