Plano de lançamentos para o segmento de computação quântica da IBM foi atualizado e mostra o objetivo de ter uma máquina com 4000 qubits até 2025. Camada de software vai ser essencial para se conseguir utilizar este computador.
AIBM tem conseguido cumprir os objetivos que fazem parte do plano de computação quântica, anunciado em 2020. O objetivo mais recente a ser atingido foi o lançamento do processador ‘Eagle’, de 127 qubits (bits quânticos), em novembro do ano passado. Agora, a tecnológica norte-americana anunciou um novo e ambicioso plano na área da computação quântico: o chip ‘Condor’, de 1121 qubits, está previsto para 2023; o ‘Flamingo’, de 1386 qubits, para 2024; e o ‘Kokaburra’, com uns auspiciosos 4158 qubits, tem estreia prevista para 2025.
O segredo para conseguir esta evolução exponencial está na arquitetura modular e na forma como chips múltiplos são interligados para criar um único processador maior, com conectores de curto alcance e cabos criogénicos que permitem manter as ligações estáveis entre os diferentes processadores. Agora, a esta escala, a IBM pretende ainda desenvolver uma “camada de software inteligente” que permita tirar mais partido destes chips, amentar as suas funcionalidades, gerir melhor a redução de ruído e amplificar o poder de processamento.
Blake Johnson, que lidera a plataforma quântica da IBM, diz acreditar “que recursos clássicos podem realmente melhorar o que se pode fazer no quântico e obter mais desse recurso quântico”. “Assim, precisamos de construir a ferramenta – uma camada de orquestração, se quiserem – que permita que a computação quântica e a clássica possam trabalhar juntas de forma integrada”, cita a publicação IEEE Spectrum.
Um dos desafios mais proeminentes para o hardware quântico tem sido o ruído inerente – os qubits desenvolvidos pela IBM ainda são propensos a interferências externas – e Johnson explica que a investigação está em curso para criar uma forma automatizada, com recurso a computadores clássicos, para reduzir estes ruídos. Assim, os programadores deixariam de ter de se preocupar com este aspeto, confiando no sistema inteligente que o reduz, e poderiam focar-se na criação de aplicações quânticas: “Queremos que estas coisas sejam automáticas para o utilizador. Não devem ter de ser especialistas em controlo quântico para conseguir obter resultados significativos de um computador quântico”.
Até 2025, a empresa quer lançar uma espécie de ‘caixa de ferramentas’ que permita criar algoritmos que tirem o melhor partido dos recursos clássicos e quânticos.
Consultado a: 13\05\2022
https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/ciencia-ei/2022-05-11-ibm-quer-criar-computador-quantico-com-4000-qubits-ate-2025/
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