Uma das “pistas” que alertou os astrónomos para o que estava a acontecer foi a presença de uma “cauda de maré”: uma corrente alongada de estrelas e gás que se estende para o Espaço interestelar e que surge quando há uma fusão entre duas galáxias. Normalmente, as “caudas de maré” são demasiado ténues para poderem ser observadas em galáxias tão distantes, porém, os astrónomos conseguiram fazê-lo no momento em que estava a ser lançada para o Espaço.
Acredita-se que os ventos causados pela formação estelar e a atividade de buracos negros nos centros de galáxias massivas são responsáveis por lançar para o Espaço material que seria utilizado na formação estelar, terminando com a capacidade de as galáxias formarem novas estrelas.
No entanto, o novo estudo sugere que as fusões entre galáxias também podem ser responsáveis por ejetar para o Espaço o "combustível" de formação estelar. De acordo com Emanuele Daddi, do Centro de Investigação Nuclear de Saclay (CEA-Saclay) na França, as novas observações podem levar a comunidade astronómica a rever tudo o que sabe sobre como “morrem” as galáxias distantes.
“O ALMA lançou uma nova luz sobre os mecanismos que podem fazer parar a formação estelar em galáxias distantes. Testemunhar um tal evento de perturbação tão massivo permite-nos acrescentar uma peça importante ao complexo puzzle da evolução galáctica,” afirma Chiara Circosta, investigadora na University College London, Reino Unido.
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