A empresária de 43 anos considera que, na área da inteligência artificial, Portugal pode liderar o polo dos chamados serviços cognitivos, processos computacionais baseados em algoritmos bastante complexos de inteligência artificial e aprendizagem automática.
"Temos uma tradição académica muito forte, pessoas de renome internacional, e empresas", justificou, em declarações à agência Lusa.
Contudo, para colocar o país no mapa nesta área, será preciso "muito mais investimento, e focado em inteligência artificial". Investimento público e privado, com este último a ser impulsionado necessariamente pelo Estado, realçou.
No grupo de trabalho para o qual foi designada em junho, de um dia para o outro, em representação das pequenas e médias empresas tecnológicas, Daniela Braga tem a seu cargo os recursos de dados.
Ficou "muito surpreendida" com a nomeação, não obstante trabalhar com dados para sistemas de inteligência artificial há 21 anos.
A sua "experiência global", que se estendeu por três continentes (Europa, Ásia e América), onde trabalhou, e o facto de ser das poucas mulheres a liderar uma empresa na área terão valido como "ingredientes únicos" para fazer parte de uma estrutura que pretende "democratizar o acesso a dados e a ferramentas" de inteligência artificial, um setor a progredir a grande velocidade e em que "o mercado está mais competitivo", sublinhou.
Sobre a estratégia portuguesa para a inteligência artificial, que se propõe "promover a investigação e a inovação nesta área específica, em prol do seu desenvolvimento e aplicação em campos como a administração pública, o ensino, a formação e as empresas", Daniela Braga entende que é "mais uma declaração de intenções".
"Não tem medidas de ação", criticou.
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