Desde quarta-feira (1º), usuários do Google Maps na Ucrânia, Rússia e Bielorússia estão temporariamente impedidos de editar informações na plataforma, ficando proibidos de comentar, adicionar fotos e vídeos de locais nestes territórios. A medida foi tomada após denúncias de que o serviço era utilizado para coordenar ataques aéreos contra civis ucranianos.
Postagens no Twitter e em outras redes sociais mostram capturas de telas do app de mapas da Google que traziam diversos pontos nas cidades de Kiev e Kharkiv, na Ucrânia, marcados com palavras como “agricultura” e “fazenda”. Ao surgirem em regiões urbanas, as marcações de localização levantaram suspeita.
Ao BuzzFeed News, um porta-voz do Google disse que a empresa investigou as denúncias e verificou que algumas das edições foram feitas há mais de um ano. Apesar disso, a big tech optou por bloquear o recurso de adicionar dados na região, além de remover as informações surgidas no serviço a partir do dia 24 de fevereiro.
“Com muita cautela, estamos removendo contribuições de usuários como fotos, vídeos, avaliações e informações comerciais e todos os lugares enviados por usuários do Google Maps na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia”, explicou o representante da gigante das buscas. O porta-voz não especificou até quando a limitação estará em vigor.
Mais recursos desativados
Também motivada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, a companhia de Mountain View desativou os dados de tráfego do Maps no território invadido. A empresa alega que o bloqueio é temporário e objetiva proteger os ucranianos, uma vez que as informações coletadas poderiam ser usadas por Moscou para rastrear deslocamentos e fugas de civis.
Outra ação do Google relacionada à guerra foi o bloqueio de canais do YouTube vinculados ao governo de Vladimir Putin. Com as plataformas oficiais fora do ar na região do conflito, a organização tenta reduzir a desinformação promovida pelo país invasor.
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