Já não existe mercado de consolas na Rússia

Com a saída da Nintendo e Sony, que seguem os passos da Microsoft e de outras tecnológicas, os consumidores russos estão impedidos de comprar novas consolas e jogos no seu país.

Nintendo foi a última fabricante de consolas a anunciar a saída da Rússia. A loja online eShop já tinha sido colocada em “modo de manutenção (…) devido ao facto de que o serviço de pagamento usado na Nintendo eShop ter suspendido o processamento de pagamentos em rublos”. Agora, em comunicado, a empresa afirma que “decidiu suspender o envio de todos os produtos Nintendo para a Rússia para os próximos tempos (…) considerando a volatilidade em torno da logística de envio e distribuição de bens físicos”.

Antes disso, na quarta-feira, também a Sony tinha anunciado “a suspensão de todos os envios de software e hardware… e de operações da PlayStation Store na Rússia”, além da doação de dois milhões de dólares para duas instituições de caridade que apoiam as vítimas da guerra na Ucrânia.

Além das três fabricantes de consolas, também as criadoras de jogos Take-Two, Ubisoft, Electronic Arts, Activision, Blizzard, Epic Games e CD Projekt Red haviam saído do mercado russo, lembra o ArsTechnica.

A perda para a indústria não será muito significativa, com a Rússia a não estar no top 10 de países em termos de receitas para o setor dos videojogos. No país liderado por Putin, o foco dos consumidores recai mais sobre os jogos mobile e de PC do que sobre as consolas, facto que a PriceWaterHouseCooper atribui ao baixo poder de compra do cidadão médio russo. Também o costume local de optar por software pirata não ajuda às receitas das marcas originais neste setor.

A Valve, que opera uma das mais populares lojas online de jogos para PC, ainda não assumiu uma posição pública sobre a situação, a Google invocou disrupções no sistema de pagamentos para suspender os pagamentos na Play Store e a Apple, apesar de ter suspendido as vendas de novos aparelhos, ainda se deve seguir com a suspensão da iOS App Store.