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domingo, 29 de novembro de 2020

Uns píxeis valem mais que mil palavras - O formato JPEG

O famoso JPEG. Qualquer pessoa que tenha sequer remotamente usado um computador conhece este formato, quer seja por ter descarregado uma foto para utilizar como papel de parede do seu ecrã, ou para mover fotografias de uma câmara fotográfica para um computador, provavelmente já leram uma tal coisa de JPEG. Mas o que é o JPEG em si? Primeiro, precisamos de entender como funciona a fotografia digital.


Uma imagem digital é constituída por vários pixéis organizados em linhas e colunas, e esse pixel é um simples quadrado de luz, mas a grande diferença está na variação da cor entre esses pixéis. O sistema mais comum de cores num computador é o sistema RGB, que traduzido de inglês significa apenas Vermelho, Verde e Azul, pois com estas três cores primárias conseguimos formar imensas cores. No caso do RGB, cada valor de cada cor vai de 0 a 255, pois 255 é o valor máximo que um byte (equivalente a 8 bits) consegue representar. Assim, dado que é necessário o valor destas três cores para indicar a cor de um pixel, precisamos de cerca de 24 bits para representar um único pixel, e, por exemplo, numa resolução de 1024 por 768 pixéis, resolução muito comum há cerca de uma década, sem um formato de compressão, uma imagem teria cerca de 2,25 megabytes, um valor que era muito considerável para a época, e chega então a necessidade de conseguir transformar estas imagens para um tamanho consideravelmente mais pequeno, que fosse possível suportar na altura.



Um dos formatos que foi produzido foi o JPEG (acrónimo de Joint Photographic Experts Group), que, apesar de perder qualidade, reduzia consideravelmente o tamanho da imagem, mantendo a mesma percetível. Como é que isto foi possível de ser realizado? É simples, e a resposta está na incapacidade dos nossos próprios olhos. O sistema RGB suporta 16,8 milhões de cores, e quando a diferença de tons é mínima, o olho humano simplesmente não consegue notar a diferença, apesar de um monitor estar a transmitir cores diferentes, e é aí que o formato JPEG capitaliza, pois se existem 50 pixéis numa coluna que o olho humano não consegue notar a diferença, porquê ter esses pixéis contados de forma individual, quando podem ser todos da mesma cor? 
E assim, em combinação com fórmulas extremamente complicados e com conceitos que, tenho que admitir, não consigo compreender neste momento, criaram este belo formato que, apesar de não ter a melhor qualidade, trouxe o incrível mundo da fotografia às massas do mundo digital.

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