O Turco foi uma máquina de jogar xadrez supostamente provida de inteligência artificial construída na segunda metade do século XVIII. De 1770 até sua destruição num incêndio em 1854, foi exibido por vários proprietários como um autômato, apesar de o seu funcionamento ter sido revelado no início da década de 1820 como um elaborado hoax. Construído em 1770 por Wolfgang von Kempelen (1734-1804) para impressionar a Imperatriz Maria Teresa da Áustria, o mecanismo parecia ser capaz de jogar um partida contra um forte oponente humano, assim como executar o problema do cavalo, onde o Cavalo deve ser movimentado no tabuleiro de modo a ocupar cada casa somente uma vez.
O Turco era na verdade uma ilusão mecânica que permitia a um jogador de xadrez escondido a operar a máquina. Com um operador habilidoso, venceu a maioria dos jogos que disputou durante suas demonstrações pela Europa e América por quase 84 anos, incluindo desafiantes famosos como Napoleão Bonaparte e Benjamin Franklin. Embora muitos suspeitassem de um operador humano escondido, o hoax foi inicialmente revelado somente na década de 1820 por Robert Willis.
A máquina foi a inspiração para outros autômatos falsos como o Ajeeb e o Mephisto, e para el Ajedrecista que foi a primeira máquina capaz de executar com precisão um final de partida do xadrez. O Turco também foi tema de peças de teatro, filmes e de livros de ficção científica, sendo a trama principal do enredo em duas ocasiões.
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