O ano era 2012 quando o jovem holandês Boyan Slat, de apenas 19 anos de idade, começou a chamar a atenção de pesquisadores e ambientalistas com uma ideia “mirabolante” que prometia recolher todo o lixo plástico do Oceano Pacífico – onde até hoje se concentra a maior parte dos resíduos plásticos descartados incorretamente na natureza.
Seu projeto, o The Ocean Cleanup consistia em construir uma barreira flutuante de 600 metros de comprimento que aproveitasse as correntes marítimas para bloquear o lixo plástico que boiava nos oceanos. Em formato de U, a barreira contaria com uma rede especial capaz de apanhar a até 3 metros de profundidade qualquer tipo de lixo plástico – inclusive os micros, de milímetros.
A repercussão foi tanta que, em setembro de 2014, Slat já havia conseguido arrecadar US$ 2,2 milhões por meio de financiamento coletivo para fazer o projeto acontecer. A promessa era de, por meio da tecnologia, conseguir limpar em 10 anos, pelo menos, metade do lixo plástico que se encontrava no Oceano Pacífico.
A meta (ainda!) não foi atingida, mas o The Ocean Cleanup já está sim funcionando! Depois de alguns testes que deram errado, em 2018, o projeto finalmente conseguiu colocar a tecnologia para funcionar no chamado Grande Depósito de Lixo do Pacífico, localizado entre Califórnia e Havaí, e desde então já recolheu toneladas de lixo plástico de todos os tamanhos – dos imensos, como pneus, aos micros -, que são trazidos à costa para reciclagem.
Atualmente, a tecnologia está em sua versão 2.0 e Slat planeja aprimorá-la cada vez mais para cumprir sua promessa de varrer todo o lixo plástico do Oceano Pacífico. O caminho parece estar certo: segundo o site do projeto, o The Ocean Cleanup já é responsável por promover nos oceanos a maior limpeza de plástico que já se viu na história.
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