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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Laboratório de realidade virtual explora os cinco sentidos em Vila Real


O novo laboratório de realidade virtual "Massive", localizado na Universidade de Vila Real, representa um investimento de 700 mil euros, possui uma equipa multidisciplinar constituída por 20 investigadores e distingue-se porque permite explorar os cinco sentidos.

"Este laboratório distingue-se dos outros porque é multissensorial. Estamos a explorar, para além do áudio e visual, outros sentidos como o cheiro, o tato e, para o sabor, é utilizada a realidade mista", afirmou hoje Maximino Bessa, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e responsável pelo "Massive Virtual Reality Laboratory".

Este laboratório, que vai ser inaugurado oficialmente na segunda-feira, pelo ministro do da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, fica instalado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.

Este é também considerado o laboratório de realidade virtual "mais avançado" da Península Ibérica.

O investigador referiu que a "realidade virtual pode ser aplicada a quase todas as áreas", desde a saúde em que já é usada para o tratamento de fobias ou o treino de cirurgias, na promoção de destinos turísticos ou em jogos, área que tem registado um forte incremento.

O responsável disse que o laboratório pode "desempenhar um papel importante no desenvolvimento de novos produtos, novas soluções e serviços e até ajudar na avaliação de produtos que já existam no mercado".

O "Massive" é constituído por uma equipa multidisciplinar, de áreas como a psicologia, informática, eletrónica ou neurociências. Para já são 12 bolseiros e oito investigadores seniores.

Mas, segundo o responsável, a equipa tenderá a crescer com o aumento dos projetos.

O espaço está dividido em seis salas, três das quais principais. Há uma sala multissensorial, onde é possível controlar a temperatura e onde há simuladores de vento e aromas. Existem ainda capacetes que medem a atividade cerebral e um olfatómetro que permite medir a intensidade dos odores.

Numa outra sala foi colocada uma esfera de grandes dimensões que é uma passadeira omnidirecional e permite a exploração do ambiente virtual de uma forma ilimitada.

"O objetivo agora é tornar o laboratório um espaço aberto à colaboração com a comunidade académica e industrial. Pretendemos apoiar a competitividade da economia recorrendo às soluções tecnológicas de que dispomos", explicou Maximino Bessa, que é também docente na UTAD.



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