Grandes empresas e indústrias testam a Inteligência Artificial (IA) e o sensoriamento remoto para melhorar a cadeia de suprimentos (supply chain). A aplicação dessas tecnologias deve otimizar o caminho dos produtos, da matéria-prima ao consumidor final.
O professor Paulo Miyagi, de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica (Poli) e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), explica que a cadeia de suprimentos é uma rede de fornecedores de produtos e serviços para as empresas.
Com a Inteligência Artificial, que consiste em um sistema que utiliza dados e informações coletadas para auxiliar na tomada de decisões, as empresas podem explorar melhor seu potencial de produtividade. Em situações adversas que afetam a cadeia logística e o fornecimento de produtos, como catástrofes e guerras, a tecnologia dinamiza e otimiza a busca por soluções e alternativas imediatas.
Miyagi conta que entram nos cálculos graus de confiança, por isso todas as empresas da cadeia, mesmo as menores, deveriam investir nessas tecnologias. “Não basta mostrar que pode ou não fornecer, tem que mostrar um histórico de lealdade e confiança que ela tem com seus parceiros”, afirma ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.
O cenário brasileiro, segundo o professor, está em evolução, mas tem potencial para ser muito mais desenvolvido. “Existe um mercado consumidor e existe a necessidade de ter sistemas de fornecimento de produtos aqui também”, conta. “A gente poderia estar melhor e temos que investir mais”, afirma Miyagi. “Como a gente vai fazer isso é uma discussão que tem sido o desafio de todos os governos.”
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