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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Porquê não devemos colocar metais em micro-ondas

Para responder a isso, precisamos primeiramente entender como funciona um micro-ondas. Pois bem, para funcionar, esse pequeno aparelho eletrodoméstico depende de um dispositivo chamado “magnetron”, que é basicamente um tubo conectado a uma fonte de alta tensão. Este magnetron direciona as micro-ondas para a caixa de metal onde nossos alimentos são colocados. Por sua vez, essas ondas refletem as paredes de metal internas do forno e passam pelo papel, vidro e plástico, mas são absorvidas pela comida.

Mais especificamente, essas ondas são absorvidas pelo teor de água da comida. Essa absorção faz com que as moléculas oscilem para frente e para trás, criando calor e cozinhando a comida de dentro para fora ou uniformemente, dependendo de onde a água está. Para cada material, existem frequências particulares nas quais ele pode absorver as micro-ondas particularmente bem, sendo que 2.5 gigahertz é a frequência para a água. Como a maioria das coisas que comemos contém uma certa quantidade de água, esses alimentos absorvem energia das micro-ondas e são aquecidos.

Curiosamente, 2,5 gigahertz não é a freqüência mais eficiente para o aquecimento da água. Na verdade, essa frequência tornou-se padrão porque a empresa que inventou o micro-ondas, a Raytheon, notou que as frequências altamente eficientes eram “boas até demais” em seu trabalho. Desse modo, a água na camada superior de um alimento muito líquido, como uma sopa, absorveria todo o calor, então apenas os primeiros centímetros do alimento ficariam aquecidos, deixando uma boa parte doa comida totalmente fria.

Tá, mas por que os objetos de metal “soltam faíscas” no micro-ondas?

Agora que já compreendemos o funcionamento básico do micro-ondas, vamos abordar a questão principal do post. Pois bem, quando as micro-ondas interagem com algum material metálico, os elétrons na superfície desse material acabam sendo “respingados”. Na prática, isso não causa nenhum problema se o metal estiver todo “liso”. Mas nos casos onde há uma borda, como nos dentes de um garfo, as cargas podem se acumular e resultar em uma alta concentração de voltagem.

Se essa concentração de voltagem for alta o suficiente, a carga exercida pode “arrancar” um elétron de uma molécula no ar, criando uma faísca e uma molécula ionizada (ou carregada). As partículas ionizadas absorvem micro-ondas ainda mais facilmente do que a água, então uma vez que uma determinada faísca aparece, mais micro-ondas são absorvidas, ionizando ainda mais moléculas, fazendo com que a faísca cresça e transforme-se em uma espécie de “bola de fogo”.

Geralmente, esse evento pode ocorrer apenas com os objeto de metal que possuem arestas irregulares. É por isso que, se você pegar uma folha de alumínio e colocá-la em um círculo plano, ela pode não acender. No entanto, se você enrolar a mesma folha de alumínio para fazer uma pequena bola, vai perceber que ela irá acender muito rapidamente.

Portanto, o metal em si não é o único motivo pelo qual ocorre a deflagração de faíscas. Em vez disso, é a forma do objeto que realmente é a principal culpada. Objetos com bordas mais nítidas causam faíscas mais brilhantes, enquanto aqueles com bordas arredondadas são mais seguros. No entanto, é importante deixar claro que usar qualquer tipo de metal para aquecer alimentos não é uma boa ideia, a menos que você queira acabar com as mãos queimadas por conta disso.


https://www.tricurioso.com/2019/08/20/por-que-nao-devemos-colocar-metais-no-forno-de-micro-ondas/

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