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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Vulnerabilidades Zero-Day

    Uma vulnerabilidade 'Zero-Day' (traduzido para português: Dia-Zero) é uma falha no código ou no hardware desconhecida por parte dos criadores desse mesmo código. O termo 'Zero-Day' pode se referir à vulnerabilidade em si ou ao ato de aproveitar essa vulnerabilidade para atacar os sistemas, também conhecido como um 'Zero-Day Exploit'. Este nome deriva do facto de, em geral, os ataques a sistemas ocorrem na dia em que esta falha é conhecida pelo público. Assim, há 'zero dias' entre a descoberta e o aproveitamento.
    Vulnerabilidades deste tipo são muito difíceis de corrigir porque, por definição, o criador ou a pessoa responsável pela manutenção do código desconhecem da sua existência, e não se consegue corrigir um bug que não se conhece. Na maioria dos casos, estas vulnerabilidades são descobertas quando um utilizador ou revendedor do sistema dá-se conta da falha. Aí, avisa os criadores para poderem remediar o erro. Contudo, também há pessoas que ganham dinheiro a procurar vulnerabilidades 'Zero-Day' para depois vendê-las às empresas por detrás do código. É possível ganhar relativamente grandes quantidades de dinheiro pois, dependendo da gravidade da falha de segurança, a correção dessa falha pode ser fulcral para a empresa.
    Existem empresas de segurança de software responsáveis por colaborar na procura de vulnerabilidades deste género, geralmente dando algum tempo para os criadores poderem corrigir o código antes de libertar a informação para o público. A título de exemplo, a Google tem um projeto, chamado 'Google Project Zero', e, através dele, permite 90 dias aos vendedores para corrigir o código antes de publicar a informação. Contudo, para vulnerabilidades 'críticas', apenas dão 9 dias e, se a vulnerabilidade estiver atualmente a ser aproveitada, menos de 7. A maioria dos casos de 'Zero-Day Exploits' ocorrem para roubo de informação sensível, hacking ou cyber-crime.
    Estas vulnerabilidades podem ocorrer em empresas de grande calibre tal como em pequenas start-ups. Por exemplo, a Microsoft Windows e a Adobe Flash Player sofreram ataques deste género em 2016. Isto mostra que ninguém está isento de cometer erros.
    Esta entrada pretende mostrar a importância de programação correta. Para os alunos deste ano em AIB (que estão agora a começar programação), pode parecer tudo muito complexo e diferente e têm medo de fazer erros. E isso é normal. Mas é importante explorar, treinar e não ter medo de errar, porque se até multinacionais fazem erros que as deixam completamente vulneráveis, nós também podemos. Para além disso, também pretendo acentuar a importância de um código limpo, legível e funcional pois, na minha opinião, penso que alguns erros podem ter advindo de porções difíceis de compreender que foram desprezadas. Comentários e indentação (pode ser chato mas é importante)!!!



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