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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

E se a realidade virtual for o terapeuta do futuro?

Enfrentar o medo com óculos  de RV


O psicólogo usa a realidade virtual desde 2015 para o tratamento de uma extensa lista de fobias, como o medo de conduzir, de alturas, de voar, de sangue e de agulhas, a ansiedade social e o medo de falar em público, as fobias a vários animais, a claustrofobia, entre outras patologias. Com os óculos de RV na cara, o paciente entra em contacto com uma simulação realista da sua fobia, ao mesmo tempo que os medidores da sudorese da pele e de ritmo cardíaco ajudam o psicólogo a avaliar o nível de ansiedade do paciente.




Para Jorge Alves, uma das grandes vantagens deste sistema é ser prático. “Permite realizar intervenção em fobias nas quais é difícil e dispendioso realizar uma exposição real, por exemplo, andar de avião. Além disso, permite aumentar a dificuldade de uma forma muito mais gradual, possibilita o registo sistematizado e objetivo da evolução e permite ainda tratar pacientes que não conseguem iniciar o tratamento de exposição em ambientes reais. Aqui, conseguimos controlar imensas variáveis e a sequência de eventos”, prossegue.

Durante as sessões de tratamento, Mariana Coelho “era colocada” nas situações de condução que a deixavam nervosa, como circular com velocidade, atravessar pontes e ultrapassar. “As sessões, com cerca de 60 minutos, eram visualizações destes cenários, que foram evoluindo e aumentando de dificuldade à medida que progredia na terapia. Quando a ansiedade estava mais elevada, era aconselhada a fazer respirações de modo a induzir o relaxamento”, pormenoriza. Ela começou a notar melhorias desde cedo. Mora no Porto e deslocava-se até Braga, de carro, para fazer os tratamentos. “Nesse trajeto surgem algumas pontes, por isso, no início, um familiar tinha de me levar a Braga. Depois das primeiras quatro sessões, comecei a ser eu mesma a fazer o percurso.”

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