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domingo, 9 de maio de 2021

Uma lei Australiana que causou controversia em 2018

O parlamento australiano aprovou em 2018 uma lei que obriga as grandes companhias tecnológicas a desenvolver atualizações personalizadas de software que permitam às autoridades ter acesso a mensagens encriptadas. Essa ferramenta funcionaria como se as autoridades pudessem “hackear” o telemóvel de um internauta. A atualização só seria dirigida aos telemóveis de pessoas suspeitas de terem cometido algum tipo de crime. Mas as companhias tecnológicas temem que possa ser roubada ou usada como janela de oportunidade em ataques informáticos, colocando em causa a privacidade dos internautas em todo o mundo.



De acordo com os argumentos apresentados no memorando do parlamento da Australia,  mais de 90% de todas as informações e telecomunicações legalmente intercetadas pela Polícia Federal Australiana escondem-se agora por trás de ferramentas de criptografia. Isso deve-se a um sistema chamado criptografia ponto a ponto, um recurso de segurança que cifra as mensagens para que apenas o emissor e o recetor as possam ler. Mesmo que essas mensagens sejam armazenadas pelo caminho, elas não podem ser desvendadas por mais ninguém.

O problema, dizem as autoridades, é que há “pessoas mal intencionadas que comunicam cada vez mais através de aplicações de mensagens com este tipo de segurança”. Isso já tinha sido detetado no passado, mas chegou a um ponto extremo em 2016, quando a Apple se recusou a obedecer às ordens do FBI para criar um novo software capaz de desbloquear o iPhone de um dos atiradores do ataque de San Bernardino. Na altura, a Apple argumentou que, se esse software fosse roubado, poderia ser usado para comprometer a privacidade de qualquer internauta e desvendar dados bancários, registos médicos ou documentos governamentais secretos

sites consultados(09/05/2021):

https://observador.pt/2018/12/07/a-nova-e-controversa-lei-australiana-que-da-acesso-a-mensagens-encriptadas/

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