Pesquisar aqui

terça-feira, 27 de abril de 2021

Como o 5G vai mudar o desenvolvimento de jogos para telemóveis (PARTE 3/4)

Para Baldi, a tendência que o 5G evidência é de cloud gaming, um serviço de streaming para jogos. Ele explica que plataformas voltadas para o oferecimento de jogos na nuvem permitem que os usuários pesquisem um título e, caso se interessem por ele, possam jogar imediatamente, sem a necessidade de fazer o download da mídia.

Com modelos de pagamento por assinatura, como Netflix e Prime Video, desenvolvedores terão a possibilidade de desenvolver projetos com qualidade cada vez maior para serem rodados em celulares e portáteis.

De acordo com a GlobalData, o cloud gaming é um fenômeno mundial, por isso diversas gigantes do desenvolvimento de jogos estão lutando para se tornar "a Netflix dos games". Entraves que antes eram realidade, como latência e largura de banda, e poderiam prejudicar o desenvolvimento dessa indústria passam a ser inexistentes com o avanço da implementação da internet 5G no mundo.

A Verizon também aponta uma nova tendência. Além de ampliar os horizontes para o desenvolvimento de jogos cada vez mais criativos, poderá ser vista uma baixa nos preços. O motivo são os sistemas de assinatura, já citados, que anulam a necessidade de comprar diversos títulos e criam a possibilidade de jogar em somente uma plataforma: o smartphone.

Segundo Baldi, contudo, é necessário ter em mente os desafios que o cloud gaming trará aos desenvolvedores de jogos mobile. "Métricas que eram, no passado, quase exclusividade do modelo free-to-play, como retenção, serão cada vez mais importantes para os jogos premium. Com a facilidade de acesso vem também a falta de 'apego' dos jogadores aos títulos".

O CTO da Aquiris explica que quando não se gasta tempo fazendo o download da mídia que está sendo jogada o apelo para mantê-la no dispositivo é menor, bem como para continuar a jogatina. Isso exigirá um esforço maior dos desenvolvedores para que os jogos sejam cada vez mais interessantes e gerem mais engajamento nos gamers.

"No modelo de assinatura, as lojas recebem um valor fixo mensal (número de assinantes multiplicado pelo valor da assinatura), e o esperado é que dividam parte desse valor com todos os desenvolvedores, utilizando alguma métrica de uso e retenção. Para que um jogo consiga mais atenção, obrigatoriamente outros receberão menos tempo de uso. A competição será bem mais direta", comenta Baldi.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comente de forma construtiva...

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.