Pesquisar aqui

domingo, 6 de junho de 2021

Foi assim que o FBI invadiu o iPhone do atirador de San Bernadino, nos EUA

 Em 2016, o FBI abandonou um processo contra a Apple em que pedia para empresa desbloquear um iPhone 5c como parte da investigação sobre o atirador de San Bernardino. O motivo de ter finalizado o caso é que o FBI disse que já tinha descoberto uma forma de transpor a segurança do aparelho e acessar suas informações. Contudo, como o órgão fez isso nunca havia sido revelado.

Por que o FBI precisa da Apple para abrir iPhones de criminosos?

Dados do iPhone do atirador de San Bernardino foram úteis ao FBI

Agora, cinco anos após o caso ser finalizado, o Washintong Post disse ter descoberto como o iPhone foi "invadido".

A história começa, na verdade, em 2015, quando dois rapazes atiraram em colegas de trabalho e morreram logo depois em combate com a polícia. Os nomes não serão compartilhados aqui como apontam guias de boas práticas de jornalismo para casos deste tipo. O evento ficou conhecido na história norte-americana como o dos atiradores de San Bernardino.

Na época, o FBI descobriu que um dos dois atiradores tinha um iPhone 5C e os agentes acreditavam que poderia haver informações importantes no aparelho. Há mais detalhes sobre o caso, mas o descrito aqui é o bastante para compreender o imbróglio em torno do aparelho.

O FBI já tinha uma ferramenta para “invadir” dispositivos mediante autorização da Justiça. Tratava-se de um programa que testava combinações de códigos, a chamada força-bruta, e descobria a senha em cerca de 25 minutos. O problema é que, em 2015, a Apple lançou uma atualização para o iOS 9 cuja principal melhoria estava relacionada à segurança. Ela implementou um sistema que apaga todos os arquivos do aparelho caso uma pessoa coloque uma senha errada mais de 10 vezes (mecanismo que está aí até hoje). Ou seja, não era mais possível usar o método da força-bruta.

O FBI, então, pediu à Apple que quebrasse esse sistema para este caso específico. Na época, o CEO da companhia, Tim Cook, chegou a dizer que não havia uma ferramenta para isso e que “a criação de uma era muito perigosa para ser colocada em prática”. Estava iniciado o embate entre a gigante da tecnologia e o bureau de investigação.

O caso foi parar na Justiça, sendo que a Apple defendia que precisava manter a segurança do aparelho e o FBI que exigia uma forma de entrar no dispositivo. O caso terminou, como dito no início do texto, em 2016, quando o FBI disse ter conseguido acessar os dados do iPhone 5c do atirador, finalizando o processo.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Comente de forma construtiva...

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.