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domingo, 6 de junho de 2021

Moda no desporto. (2/2)

O aparecimento das fibras sintéticas que constituem tecidos que se diferenciam pela sua resistência mecânica, térmica e pela sua durabilidade, abriu portas à exploração dos materiais técnicos para utilização na roupa desportiva. Talvez este tenha sido o ponto de partida para que, e através de um trabalho conjunto de investigaçãodesignciência e tecnologia, o segmento desportivo, atualmente, beneficie de um vestuário que fornece um maior conforto ao atleta durante a atividade física e, consequentemente, um melhor desempenho.

Esta área tem beneficiado de uma sagaz inovação, em que através de novas fibras e tecidos que apresentam estruturas avançadas, o vestuário desportivo alcançou importantes funcionalidades e funções específicas focalizadas nas necessidades do utilizador. Sendo o resultado deste significativo desenvolvimento, artigos personalizados, inovadores e sofisticados.

Um dos exemplos mais mediáticos da inovação do vestuário desportivo reporta-nos até aos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, em 2002, em que a marca Speedo deu a conhecer o Fast Skin, conhecido por “pele de tubarão”, que era constituído por microfilamentos de poliéster e fios de elastano. Este fato de natação tinha a caraterística de ser extremamente elástico, moldando-se completamente ao corpo do atleta, funcionando como uma segunda pele, além de que tinha a particularidade de manter a temperatura corporal.

Porém, a revolucionária tecnologia deste fato são os dentículos parecidos com aerofólios e os sulcos com o formato de um ‘V’, que direcionam o fluxo da água, reduzindo o arrasto e a turbulência.

Este material apresentou-se de tal maneira eficaz que 70% dos atletas que conquistaram medalhas nesses jogos estavam a usar o fato “ Fast skin “ e muitos deles obtiveram recordes incríveis. Mas este acabou por ser proibido nas competições de natação pela FINA (Federação Internacional de Natação), após se ter comprovado que esta tecnologia alterava de forma flagrante a natural performance dos atletas.

Contudo, apesar de o sucesso deste produto ter sido relegado, os investigadores desta área têm como conceito base de conceção do vestuário desportivo que este funcione como uma segunda pele, que proteja, estime, hidrate, relaxe e que inclusive “sirva de suporte para os mais variados acessórios que permitam comunicar, transmitir e exteriorizar sensações, ou monitorizar e controlar sinais vitais”.

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